Faia Brava, situada num vale do rio Côa, é a primeira área protegida privada do país, reconheceu o Diário da República esta quarta feira. Os seus 214 hectares abrigam mais de uma centena de espécies de vertebrados – peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos -, algumas delas ameaçadas.
O despacho publicado hoje em Diário da República refere que este é um “contributo importante para a conservação dos valores naturais e da biodiversidade bem como para a valorização do património geológico e paisagístico”.
A gestão desta área integrada na Zona de Proteção Especial do Vale do Côa e no Parque Arqueológico do Vale do Côa é da responsabilidade da Associação Transumância e Natureza (ATN), que em 2009 pediu a criação desta zona protegida privada, noticia o jornal Público.
A ATN prevê aumentar a área de bosques autóctones de Faia Brava em 30%, assim como vista estimular o sucesso reprodutor do abutre do Egipto e da águia de Bonelli e o número médio de visitantes, chegando às mil pessoas a partir de 2011.
Ao Público, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, refere que “esta é a demonstração de que existem proprietários e gestores que entendem ser benéfico um estatuto de área protegida”. O governante mostrou-se ainda disposto a receber outras propostas do género.
O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade também estará envolvido no projeto que se desenvolve em Faia Brava, na medida em que terá de emitir pareceres quanto a determinadas atividades.