47 milhões de euros serão investidos na organização do “turismo desregrado” e na proteção da natureza e da biodiversidade da costa vicentina e do sudoeste alentejano, revelou a presidente da Sociedade Polis Litoral, Paula Sarmento, na passada sexta feira.
A propósito da apresentação do relatório ambiental preliminar do Plano Estratégico da Intervenção de Requalificação e Valorização do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a responsável destacou a importância de reordenar as acessibilidades e estacionamentos para a proteção dos sistemas costeiros, colocando barreiras e promovendo acessos adequados a essas zonas.
“Esta região é muito procurada para o turismo de auto caravanas, mas este é feito anarquicamente, degradando a paisagem e o ecossistema em si”, explicou Paula Sarmento, citada pela agência Lusa.
Outras medidas previstas com vista à preservação das dunas e arribas são a desativação de caminhos e estradas desnecessários, colocação de passadiços pedonais e renaturalização dos caminhos desativados e zonas degradadas.
Serão também criados equipamentos e infraestruturas de apoio às praias e para as atividades desportivas relacionadas com o mar, ciclovias e parques de merendas, assim como a requalificação da ponta de Sagres e do forte da Ilha do Pessegueiro.
A área de intervenção deste plano estende-se por cerca de 9500 hectares e uma extensão de 150 quilómetros de frente costeira, abrangendo os concelhos de Aljezur, Odemira, Sines e Vila do Bispo, bem como as lagoas de Santo André e da Sancha, no concelho de Santiago do Cacém.