Em troca de ajuda humanitária dos Estados Unidos, a Coreia do Norte aceitou, esta quarta-feira, suspender o seu programa de testes nucleares, o processo de enriquecimento de urânio e os testes com mísseis de longo alcance.
Citados pelas agências internacionais, oficiais norte-americanos e da Coreia do Norte anunciaram que o país – que está, desde a morte de Kim Jong-Il, em Dezembro, sob a alçada do seu filho Kim Jong-un – assinou esta semana uma moratória nuclear com os Estados Unidos.
Em 2009, as conversações para o desarmamento em troca de ajuda humanitária foram rejeitadas por Kim Jong-Il. No entanto, o novo líder do país aceitou a proposta de Washington pelo que a Coreia do Norte vai receber 240 mil toneladas de alimentos em troca da suspensão das atividades nucleares e dos testes de mísseis de longo alcance.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, acrescentou ainda que o governo de Kim Jong-un aceitou a presença dos inspetores da Agência Internacional da Energia Atómica no país e que os inspetores das Nações Unidas vão monitorizar a suspensão do programa nuclear e a desativação do reator nuclear de Yongbyon.
A comunidade internacional tem reagido com saudações cautelosas a este anúncio da Coreia do Norte, considerando que este anúncio revela um progresso em termos dos acordos internacionais para o desarmamento nuclear. As principais felicitações vieram da China, do Japão e da Rússia.
[Notícia sugerida por Mafalda Ramos e Ana Vicente]