Investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular (IMM) de Lisboa publicam esta semana na revista PloS ONE, uma das mais prestigiadas na área da ciência, um estudo que recorreu à nanotecnologia para demonstrar a relação entre a idade dos
Investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular (IMM) de Lisboa publicam esta semana na revista PloS ONE, uma das mais prestigiadas na área da ciência, um estudo que recorreu à nanotecnologia para demonstrar a relação entre a idade dos glóbulos vermelhos e o risco cardiovascular. De acordo com comunicado, a investigação sugere que “serão os glóbulos vermelhos jovens que mais contribuem para as doenças cardiovasculares associadas à excessiva agregação destas células do sangue”.
O estudo descreve especificamente a interacção entre o fibrinogénio, uma proteína do plasma sanguíneo, e os glóbulos vermelhos. “O fibrinogénio é uma proteína de agregação que se pensa ser a principal responsável pela agregação de glóbulos vermelhos, e que pode desta forma dificultar a circulação sanguínea (caso exista em níveis elevados)”, refere a nota do IMM.
No estudo, os investigadores descrevem detalhes moleculares que mostram que “o fibrinogénio se liga melhor a glóbulos vermelhos jovens, quando comparados com glóbulos menos jovens”.
Os resultados são relevantes pois um conhecimento aprofundado sobre estes mecanismos moleculares poderá contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos que atuem na prevenção de patologias vasculares, tais como na hipertensão arterial ou enfarte agudo do miocárdio.
Em Portugal, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 35-40% dos óbitos. Atingem meio milhão de portugueses e ainda são a primeira causa de morte, doença, incapacidade e custos em saúde no país.