Três médicos norte-americanos acreditam que o exercício físico é uma "droga milagrosa" que deve ser prescrita por clínicos de todo o mundo na ajuda ao combate de doenças cardiovasculares.
Três médicos norte-americanos acreditam que o exercício físico é uma “droga milagrosa” que pode ajudar a melhorar o estado clínico de pacientes com doenças cardiovasculares. Num artigo publicado recentemente, os especialistas defendem que os médicos devem prescrever aos doentes a atividade física regular como tratamento para problemas cardíacos.
No artigo publicado no Journal of the American Medical Asssociation, os autores do estudo explicam que os médicos devem dar mais atenção aos benefícios da atividade física junto de doentes cardíacos e promover hábitos saudáveis nos seus pacientes.
Os três clínicos – William Boden, Barry Franklin e Nanette Wenger – salientam que o aumento da exercício físico e a resultante melhoria das condições físicas do corpo travam a evolução das doenças cardiovasculares, já que a atividade física diminui a arteriosclerose, a isquemia, as arritmias, além de produzir efeitos psicológicos positivos.
Segundo os autores, os programas que combinam a atividade física com as terapias baseadas em fármacos provaram reduzir a taxa de mortalidade destes doentes em 20%, mas mesmo assim, raramente os médicos incluem, entre as prescrições para combater estas doenças, a prática de exercício físico.
“O que defendemos aqui é que o exercício físico é parte da cura”, explica William Boden, um dos três médicos envolvidos no estudo.
Os clínicos investigaram os fatores de risco alteráveis, como é o caso dos níveis de colesterol, da pressão arterial e do tabagismo, e tentaram sensibilizar a comunidade médica para “olhar para a inatividade física como fazem com outros fatores de risco”.
30 a 60 minutos de exercício, cinco vezes por semana
O artigo defende que “se os médicos se focassem em conseguir que os pacientes exercitassem 30 a 60 minutos por dia, cinco dias por semana, seria uma mais-valia para reduzir os problemas de peso a mais e a obesidade na sociedade, que está se a tornar numa epidemia”.
Os três clínicos esclarecem que os indivíduos com “objetivos mais modestos” que se sentem “intimidados por estas recomendações de exercício” podem começar com uma prática regular na base dos 10 ou 15 minutos de atividade, 2 a 3 vezes por dia.
“Mesmo estas atitudes modestas podem reduzir a morbidade e a mortalidade” associadas ao excesso de peso. Os médicos garantem que mesmo a prática de exercício regular de apenas 15 e a 30 minutos diários pode “melhorar as capacidades funcionais do corpo humano e a qualidade de vida das pessoas”, prevenindo sobretudo as doenças cardiovasculares.
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