Ciência

Conviver com duas línguas torna bebés mais inteligentes

Conviver com duas línguas na infância proporciona grandes vantagens aos bebés, contribuindo para um melhor desenvolvimento cognitivo e mesmo para que venham a ter um quoficiente de inteligência (QI) mais elevado com o avanço da idade.
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Conviver com duas línguas na infância proporciona grandes vantagens aos bebés, contribuindo para um melhor desenvolvimento cognitivo e mesmo para que venham a ter um quoficiente de inteligência (QI) mais elevado com o avanço da idade, concluiu um novo estudo internacional.
 
De acordo com os investigadores e cientistas clínicos da Universidade Nacional de Singapura, onde decorreu a investigação, crianças “bilingues” com apenas seis anos de idade aborrecem-se mais facilmente com a repetição de imagens e reconhecem com maior facilidade imagens repetidas do que as que crescem numa casa onde apenas se fala um idioma, prestando, também, mais atenção às novidades que lhes são apresentadas. 
 
A análise efetuada, inserida num estudo mais amplo de longo prazo destinado a estudar as mães de Singapura e os seus filhos, revela que os bebés que contactam com duas línguas apresentam vantagens cognitivas generalizadas, vantagens estas que não estão associadas a nenhum idioma específico.
 
“Um dos grandes desafios das crianças é a recolha de dados. A habituação visual [é um teste que] funciona perfeitamente porque apenas exige alguns minutos e aproveita o que os bebés fazem naturalmente e que passa por se interessarem em algo novo e, depois, com rapidez, transferirem esse interesse para outra coisa”, explica Leher Singh, principal autora do estudo publicado em Julho na revista científica Child Development. 
 
“Embora seja uma tarefa simples, a habituação visual é uma das poucas tarefas que, na infância, ajuda a prever o desenvolvimento cognitivo futuro”, acrescenta Singh, esclarecendo que uma criança que cresça numa casa onde se falam duas línguas não está, apenas, a aprender dois idiomas, mas está também a aprender como distingui-los enquanto os ouve. 
 
Segundo a investigadora, é possível que esta aprendizagem exija um maior e mais eficaz processamento de informação, o que justifica a necessidade dos bebés de desenvolver maiores habilidades cognitivas e o avanço em relação a outras crianças da mesma idade em ambientes monolíngues. 
 
“Enquanto adultos, aprender uma segunda língua pode ser martirizante e trablhoso. Muitas vezes projetamos essa dificuldade nos nossos bebés, imaginando que conviver com duas línguas irá causar uma enorme confusão nas suas pequenas cabecinhas”, realça Singh. Porém, a cientista assegura que, quando possível, o bilinguismo deve ser incentivado.
 
“Um grande número de estudos já demonstrou que os bebés dispõem de uma posição de excelência para a aprendizagem de duas línguas e podem, de facto, beneficiar dessa jornada”, finaliza.

Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês). 

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