De acordo com o comunicado divulgado pelo WCRF, um em cada sete casos de cancro do estômago poderia ser evitado se todas as pessoas diminuíssem o consumo de sal até à dose diária recomendável: seis gramas, o equivalente a uma colher de chá.
Atualmente, os níveis de sal ingeridos diariamente rondam os 8,6 gramas, 43% mais do que o organismo necessita. Reduzir este valor levaria a que se evitassem 14% dos casos de cancro do estômago, um tipo de doença com baixo nível de cura, uma vez que o seu estado é, geralmente, avançado aquando do diagnóstico.
Kate Mendoza, diretora de Informação de Saúde no WCRF, explicou que, “devido ao difícil diagnóstico, a melhor arma contra a doença é a prevenção”. Adotar um estilo de vida saudável é o melhor caminho para se evitar a doença, e ingerir menos sal é o primeiro passo. Esta redução do consumo de sal não se prende, no entanto, apenas ao produto em si, mas também a alimentos ricos em sal como, por exemplo, os enchidos.
Para ajudar as pessoas, o WCRF está a desenvolver um método de classificação de alimentos semelhante à sinalização de estrada. De um modo geral, os produtos que estiverem assinalados com a cor vermelha são mais perigosos, enquanto que os que tiverem um sinal verde, são menos salgados. Caso o método seja aprovado, deverá aplicar-se, igualmente, ao açúcar e à gordura saturada.
O estudo desenvolvido por especialistas do WCRF, instituição que orienta os seus trabalhos em busca de métodos preventivos do cancro, alerta, ainda, para outros benefícios que podem derivar da redução do consumo de sal. Menor risco de doenças cardíacas e prevenção da osteoporose são alguns dos exemplos dados.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).