Com o objetivo de manter bem vivo o símbolo das festas Sanjoaninas do Porto, Fundação da Juventude, em parceria com a Câmara Municipal do Porto, através da Porto Lazer e com o apoio da Fundação Millennium bcp, lança mais uma edição do Concurso Martelinhos de São João.
Para os dois melhores trabalhos de cada uma das categorias a concurso há 4500 euros destinados a premiar a criatividade de quem arrisca a recriar o mais emblemático ícone das Festas de São João no Porto. Após a seleção e avaliação das 250 melhores propostas criativas, as mesmas seguem para uma exposição que terá lugar no “Palácio das Artes – Fábrica de Talentos”, no Porto, de 07 a 30 de junho.
Francisco Maria Balsemão, Presidente da Fundação da Juventude, «este é um concurso que ao longo dos seus 7 anos de existência já premiou 44 propostas criativas, seleccionadas num universo de cerca de 3000 candidaturas de todo o país, incluindo as regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. O concurso visa estimular a participação criativa de todos os cidadãos na interpretação do tema da festa do São João do Porto, mantendo vivo um dos mais emblemáticos ícones das festas da cidade. Sobre as propostas apresentadas espera-se que estas sejam “inéditas e originais na interpretação do tema da Festa do São João, refletindo a tradição, a gastronomia, os locais e as pessoas da cidade do Porto. Todos podem participar, a criatividade é o limite!”
As propostas de martelo deverão ter em consideração a utilização posterior em materiais de comunicação, seja na questão da orientação (os martelos terão de ser versáteis no sentido de terem uma leitura horizontal e vertical), seja na questão da visibilidade (os martelos serão utilizados em suportes físicos que implicam uma leitura à distância). Deverão também ser apresentadas soluções aptas a serem usadas para a criação de suportes decorativos nas festas de São João.
Este ano a imagem do concurso foi elaborada a partir do 1º prémio 2D de 2017, pelo próprio autor Hélder Teixeira Peleja.
Martelinhos de São João: Uma tradição com mais de meio século
Criado em 1963 por industrial de plásticos do Porto, o martelo foi idealizado a pedido de jovens estudantes que procuravam um objeto ruidoso para utilizarem nos desfiles da Queima das Fitas. Inspirado num saleiro pimenteiro que viu numa das suas viagens, o industrial ao conjunto que tinha o aspeto de um fole juntou um apito e um cabo que viria a servir de brinquedo ruidoso para os estudantes. O sucesso foi tal que os estudantes usaram depois no São João, o que gerou ainda mais curiosidade e iniciou uma tradição que se estende aos dias de hoje.