Um composto encontrado na curcuma, uma das substâncias a partir das quais se obtém o pó de caril, pode aumentar a capacidade de regeneração do cérebro em pacientes com Alzheimer ou vítimas de AVC.
Um composto encontrado na curcuma, uma das substâncias a partir das quais se obtém o pó de caril, pode aumentar a capacidade de regeneração do cérebro, estimulando o desenvolvimento de novos neurónios e tendo, portanto, potencial para ajudar pacientes com Alzheimer ou indivíduos que sofreram, por exemplo, acidentes vasculares cerebrais a recuperar.
A conclusão é de um estudo desenvolvido pelo Instituto de Neurociência e Medicina de Julich, na Alemanha, e dado a conhecer na revista científica Stem Cell Research & Therapy, que analisou os efeitos da injeção de extratos de turmerona aromática no cérebro de ratinhos avaliados através de técnicas de imagiologia.
Depois da administração da substância, os investigadores, coordenados por Maria Adele Rueger, observaram um aumento de atividade de áreas particulares do cérebro, em especial as que estão diretamente envolvidas no crescimento e formação dos neurónios, o que indica que o composto pode encorajar a proliferação de células cerebrais.
No âmbito do estudo, os cientistas mergulharam, depois, células neuronais estaminais (NSC) – que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula cerebral e podem ajudar na reparação do cérebro após danos ou doença – de ratinhos em diferentes soluções de extrato de turmerona aromática.
A experiência permitiu verificar que, quanto mais elevada era a concentração da substância, mais acentuado era o crescimento de NCS e que as células “banhadas” neste composto do caril se especializavam e se transformavam noutros tipos com mais rapidez.
“Em humanos e em animais mais desenvolvidos, a capacidade [destas células] não parece ser suficiente para reparar o cérebro, mas em peixes e animais mais pequenos parecem funcionar bem”, afirma Rueger.
“É interessante o facto de poder ser possível aumentar a eficácia das células estaminais com a turmerona aromática”, acrescenta a investigadora, que realça que “é possível que esta ação possa acelerar e beneficiar a regeneração do cérebro”, podendo constituir-se como uma inspiração para o desenvolvimento de novos fármacos contra doenças como o Alzheimer.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).