A ingestão de amendoins, mesmo em pequenas quantidades, pode trazer-lhe mais anos de vida. O consumo destes e de outros frutos secos reduz o risco de mortalidade precoce, em especial em consequência de ataques cardíacos.
A ingestão de amendoins, mesmo em pequenas quantidades, pode trazer-lhe mais anos de vida. O consumo destes e de outros frutos secos reduz o risco de mortalidade precoce, em especial em consequência de ataques cardíacos, concluiu um novo estudo desenvolvido por investigadores da China e dos EUA.
Embora o consumo de frutos secos já tenha sido, previamente, associado a uma taxa mais baixa de mortalidade, esta é a primeira vez que os cientistas provam que estes alimentos são benéficos para indivíduos de todas as raças – quer sejam negros, caucasianos ou asiáticos -, podendo melhorar a saúde cardiovascular.
“Descobrimos, durante o nosso estudo, que o consumo de amendoins está ligado a uma redução da mortalidade total e da mortalidade resultante de doença cardiovascular em populações caucasianas e negras de baixos rendimentos nos EUA e em homens e mulheres chineses residentes em Xangai”, afirma, em comunicado, Xiao-Ou Shu, um dos autores da investigação.
De acordo com o investigador, “os frutos secos são ricos em nutrientes como ácidos gordos insaturados, fibras, vitaminas, antioxidantes fenólicos, arginina e outros fitoquímicos, todos eles benéficos para a saúde cardiovascular, provavelmente graças à sua capacidade de preservar as funções antioxidantes, anti-inflamatórias e [endoteliais do organismo]”.
A investigação debruçou-se sobre três censos ainda em curso envolvendo mais de 70.000 norte-americanos de descendência europeia e africana, com baixos rendimentos (já que a maioria dos estudos anteriores se focou em famílias caucasianas com elevados rendimentos), e mais de 130.000 cidadãos chineses do sexo feminino e masculino.
As duas equipas da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, e do Instituto Oncológico de Xangai, responsáveis pelo trabalho publicado, esta semana, na revista científica JAMA, concluíram que o consumo de amendoins está associado a uma redução de 17% a 21% na taxa de mortalidade geral e de 23% a 38% na morte precoce devido a doença cardiovascular em todos os grupos étnicos e tanto em homens como em mulheres.
Visto que os amendoins estão entre os frutos secos mais baratos e mais fáceis de encontrar, aumentar o seu consumo poderá constituir-se como “uma potencial abordagem eficaz e económica para a melhoria da saúde cardiovascular”, defende Shu.
A Associação Americana do Coração recomenda a ingestão semanal de quatro porções de cerca de 43 gramas de amendoins sem sal ou óleos adicionados. No entanto, por se tratar de um alimento rico em calorias, os especialistas alertam os indivíduos que estejam a tentar controlar o peso para que tenham uma atenção extra em relação às doses.