Aproveitando os raios solares e o cério – metal com grande capacidade de captura e libertação de átomos de oxigénio – para quebrar as moléculas de dióxido de carbono ou água e transformá-las em hidrogénio molecular, o protótipo recentemente desenvolvido produz um combustível líquido limpo e de alta eficiência energética, reporta a BBC.
Contudo, os investigadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, do ETH Zurich e do Instituto Paul Scherrer, na Suíça, reconhecem que são necessárias muitas melhorias para que este novo processo de produção energética seja viável – menos de 1% da luz do sol que entra no reator é que é efetivamente aproveitada.
Ainda assim, a equipa científica está convicta de que consegue aumentar a taxa de sucesso do aparelho para os 19%, assim que conseguir otimizar a incidência da luz solar no mesmo e criar um mecanismo que impeça a dispersão de energia no seu interior.
Só nesse momento será considerada a disponibilização comercial do aparelho, que, a funcionar em pleno, possui grandes vantagens sobre os painéis fotovoltaicos, que apenas geram energia no local onde estão instalados e não o conseguem fazer durante a noite.
À BBC, a Professora Sossina Haile, do Caltech, refere que o desenvolvimento destas novas tecnologias “está muito dependente das políticas governamentais; se nos pautássemos por uma política de baixas emissões de carbono, um protótipo destes poderia avançar muito mais depressa”.
[Notícia sugerida pela utilizadora Fátima Leão]