É portuguesa a maior coleção de algas do mundo. A Algoteca de Coimbra (ACOI), unidade de investigação do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, alberga cerca de 4.000 espécies diferentes de microalgas.
É portuguesa a maior coleção de algas do mundo. A Algoteca de Coimbra (ACOI), unidade de investigação do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, alberga cerca de 4.000 espécies diferentes de microalgas, que se constituem como “um recurso científico único de biodiversidade”.
De acordo com a Universidade de Coimbra (UC), as algas que integram a coleção foram “colhidas em albufeiras, rios, charcos, monumentos, estátuas, vitrais e paredes”. Muitas delas “são únicas” e, segundo a instituição de ensino, “têm gerado a curiosidade de investigadores e de empresas de todo o mundo que as querem estudar e adquirir”.
O principal interesse chega, desde a inauguração da Algoteca, de países como os EUA, Canadá, Coreia e Colónia e poderá justificar-se com o facto de se tratar de uma matéria-prima com potencialidades “impossíveis de estimar” em áreas como a saúde, a farmacologia, as energias alternativas, a alimentação saudável ou a biorremediação.
Citada num comunicado divulgado no site oficial da UC, a coordenadora da Algoteca, Lília Santos, assegura mesmo que, graças a este grande número de aplicações, as microalgas são “a matéria-prima do futuro”, podendo vir a tornar-se especialmente importantes na medicina e na farmácia, já que lhes são conhecidos “efeitos antioxidantes, imunológicos e anti-cancerígenos”.
A Algoteca de Coimbra dedica-se, maioritariamente, à investigação, que incide “sobre seleção de microalgas oleaginosas e mucilaginosas ou produtoras de outros compostos de valor, condições de cultivo para obtenção de mais biomassa, criopreservação de estirpes raras ou com potencial económico, filogenia molecular e pigmentação de algas eustigmatofíceas”, explica a própria entidade.
Da coleção da Algoteca, que desenvolve, também, atividades de consultoria, cursos de formação e guias didáticos, fazem parte cerca de 4.000 estirpes diferentes de microalgas de água doce, divididas em mais de 300 géneros e 1.000 espécies isoladas de uma vasta gama de 'habitats'.
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Notícia sugerida por André Luís