A maior parte das árvores de fruto portuguesas são produzidas a partir de plantas importadas. Mas um novo projeto, implantado em Coimbra, promete resolver esta falha da fruticultura nacional.
A maior parte das árvores de fruto portuguesas são produzidas a partir de plantas importadas. Mas um novo projeto, implantado em Coimbra, promete resolver esta falha da fruticultura nacional, através da aposta na propagação de plantas ‘in vitro’.
O projeto da Universidade de Coimbra (UC) , do Laboratório de Biotecnologia Vegetal do Centro de Ecologia Funcional, e da empresa InProPlant (Investigação e Propagação de Plantas) quer resolver a dependência nacional da importação de plantas para viveiro.
A UC-InProPlant foi criada em 2012, em Coimbra, e aposta na inovação, investigação e desenvolvimento tecnológico na área da micropropagação de plantas (fruteiras e ornamentais), estando já em curso ensaios de micropropagação de várias espécies fruteiras, nomeadamente: castanheiro, amoreira, tamarilho, oliveira, alfarrobeira, medronheiro e kiwi.
O projeto agrícola UC-InProPlant está instalado em terrenos da Universidade de Coimbra, no Polo II, fe oi oficialmente inaugurado, esta sexta-feira. O espaço é constituído por um laboratório de investigação e propagação de plantas e por estufas para aclimatação e crescimento.
De importador a exportador
O reitor da UC, João Gabriel Silva, sublinha que, “em Portugal, são anualmente produzidas em viveiro cerca de 2,5 milhões de árvores de fruto por ano, quase todas a partir de plantas importadas, situação que a UC-InProPlant vem mudar, pois terá uma capacidade de produção anual de mais de 1 milhão de plantas para viveiro, a partir de um investimento de cerca de um milhão de euros, sendo meio milhão privado e meio milhão do QREN-Mais Centro”.
“Os genótipos portugueses serão certificados de acordo com os guias europeus da CPVO (Community Plant Variety Office), o que aumenta muito o valor acrescentado da produção nacional. É aliás nossa ambição que Portugal não só deixe de ser importador como, a médio prazo, passe a exportador”, conclui João Gabriel Silva num comunicado enviado ao Boas Notícias.