Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra acaba de anunciar uma nova técnica com "resultados promissores" para a recuperação de maxilas atróficas, ou seja, com insuficiente volume ósseo para a colocação de implantes.
Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) acaba de anunciar o desenvolvimento de uma nova técnica com “resultados promissores” para a recuperação de maxilas atróficas, ou seja, com insuficiente volume ósseo para a colocação de implantes dentários.
As conclusões da investigação levada a cabo para aplicação da nova técnica, da responsabilidade de uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), do Banco de Tecidos Músculo-Esqueléticos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC e da Faculdade de São Leopoldo Mandic, em Campinas, no Brasil, vão ser publicados na revista científica internacional Clinical Implant Dentistry and Related Research.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Fernando Guerra, especialista em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina de Coimbra e coordenador do estudo, explica que a solução agora testada “incide na reparação de defeitos ósseos graves dos maxilares superiores, permitindo a posterior colocação de implantes dentários e a reabilitação com próteses fixas”.
Segundo Eugénio Pereira, outro dos investigadores envolvidos no trabalho e responsável pela realização das cirurgias no âmbito do estudo, a recuperação do esqueleto facial é possível “através de uma cirurgia, sob anestesia local, para a aplicação de enxertos ósseos frescos congelados de cadáver que permitem a restituição da correta anatomia do maxilar”.
“A colocação dos implantes dentários ocorre cinco meses após a intervenção inicial, de forma segura e previsível”, esclarece o cientista de Coimbra.
De acordo com a equipa, “a técnica desenvolvida e a qualidade dos enxertos cortico-esponjosos utilizados permitem a reabilitação oral dos doentes sem que seja necessária colheita de osso no próprio indivíduo, em localizações como a crista ilíaca ou o osso parietal”.
Ou seja, é possível, desta forma, evitar “o internamento hospitalar e as eventuais sequelas e desvantagens deste tipo de cirurgias”, concluem os investigadores.