Li Hongfang, de 40 anos, viu o seu rosto desfigurado devido a enormes tumores resultantes de um cancro nos ossos. Não tinha dinheiro para pagar a cirurgia, mas um hospital local decidiu mudar-lhe a vida e operá-la de forma totalmente gratuita.
Durante mais de uma década, Li Hongfang sentiu-se humilhada sempre que saía à rua devido aos enormes tumores que lhe desfiguraram o rosto na consequência de um cancro nos ossos. A mulher chinesa, de 40 anos, não tinha dinheiro para pagar a cirurgia que podia resolver o problema, mas um hospital local decidiu mudar-lhe a vida e operá-la de forma totalmente gratuita.
A história de Li foi tornada pública recentemente e comoveu o mundo, envergonhando a China perante as limitações do seu sistema de saúde. Face à indignação internacional, um hospital da província de Shaanxi resolveu oferecer-lhe a intervenção cirúrgica – que custa cerca de 76 mil euros – para remoção dos 70 tumores que a tinham deixado irreconhecível.
A notícia é avançada pelo Daily Mail, que conta que, no início, Li julgou que o inchaço que lhe apareceu na testa fosse o resultado da picada de um inseto. “Não sentia comichão nem dor, mas o inchaço não desaparecia e a certa altura começou a crescer sem parar”, recordou, citada pelo jornal britânico.
Em 2005 acabou por ser submetida a uma operação para remover o tumor,
mas a verdade é que, depois da cirurgia, outros continuaram a surgir. Li veio então a ser diagnosticada com cordoma, um tipo raro de cancro que afeta os ossos do crânio e a coluna vertebral e que se carateriza pelo desenvolvimento lento destes tumores.
mas a verdade é que, depois da cirurgia, outros continuaram a surgir. Li veio então a ser diagnosticada com cordoma, um tipo raro de cancro que afeta os ossos do crânio e a coluna vertebral e que se carateriza pelo desenvolvimento lento destes tumores.
Porém, esta semana, graças à generosidade do hospital de Xi'an, Li deu início ao processo de remoção dos tumores. De acordo com Guo Shuzhong, cirurgião responsável pelo caso da mulher chinesa, a cirurgia foi muito bem sucedida e, ainda este ano, Li voltará à mesa de operações para dar continuidade ao tratamento.
Apesar de ainda não se ter visto ao espelho – porque quer esperar até o rosto recuperar do inchaço provocado pela intervenção – Li disse já sentir diferenças. “Sinto a minha cabeça mais leve e devo estar com melhor aspeto. Quero guardar o grande momento para quando inchaço tiver desaparecido. Vai ser a melhor prenda que poderia receber”, confessou, acrescentando que “não é um monstro e não queria parecer-se com um”.
Atualmente, milhões de chineses, em especial os que vivem nas regiões mais remotas do país, não têm acesso a cuidados médicos nem dinheiro para pagar tratamentos. As autoridades estão a debater um plano para disponibilizar seguros de saúde à população até 2020 mas, para já, há muitas necessidades por colmatar.