Das estreias desta semana destacam-se "Muitos Dias tem o Mês" e "Nothing Personal", dois filmes que tiveram estreia nacional no IndieLisboa, "A Mulher do Viajante no Tempo", o drama entre um homem que viaja no tempo e a sua esposa, o regresso de Nann
Das estreias desta semana destacam-se “Muitos Dias tem o Mês” e “Nothing Personal”, dois filmes que tiveram estreia nacional no IndieLisboa, “A Mulher do Viajante no Tempo”, o drama entre um homem que viaja no tempo e a sua esposa, o regresso de Nanny McPhee e ainda um pouco de história da China em “24 City”.Depois da selecção para a competição nacional e na secção ´Pulsar do Mundo` no Festival IndieLisboa em 2009, e do Prémio Especial do Júri em Santa Maria da Feira, “Muitos Dias tem o Mês”, de Margarida Leitão, chega às salas. Este documentário aborda um dos temas mais emergentes na sociedade actual: o endividamento das famílias.
“Muitos Dias tem o Mês”, de Margarida Leitão, traça um retrato de homens e mulheres que vivem uma angústia que se repete todos os meses: serão capazes de pagar os seus empréstimos e sobreviver até ao mês seguinte? Pessoas endividadas que vivem as suas vidas ao ritmo quotidiano dos prazos, das obrigações e do esforço para retomarem o controlo das suas vidas. Dia a dia. Mês a mês.
“A Mulher do Viajante no Tempo” é Clare, que acredita que ela e Henry, o seu marido, estão destinados a ficar juntos mesmo que a separação esteja sempre eminente. Henry consegue viajar no tempo devido a uma anomalia genética rara que faz com que seja atirado para o passado e para o futuro sem qualquer controlo. Apesar das viagens de Henry os separarem sem aviso, Clare tenta desesperadamente construir uma vida em conjunto.
Ainda há pouco mais de um mês se viu estrear no Indie, na secção de Cinema Emergente, “Nothing Personal” já conseguiu um lugar nas salas portuguesas. Esta é a história de Anne, uma holandesa faz as malas e parte para a Irlanda, e Martin, um irlandês solitário que acaba por lhe oferecer trabalho em troca de comida.
A jovem aceita a proposta com uma condição: não poderá haver qualquer tipo de contacto físico entre os dois, somente trabalho. Conforme o tempo passa os dois aproximam-se cada vez mais e ambos vêem a dualidade de manter o acordo ou de o romper. Partindo desta situação limite, este filme questiona o tema da solidão absoluta e da luta pelos valores da liberdade individual.
Na sequela da semana, Emma Thompson volta ao papel de Nanny McPhee. Em “Nanny McPhee e o Toque de Magia” uma jovem mãe bate à porta da ama inglesa para que esta a ajude a gerir a sua quinta enquanto o marido está na guerra. Quando chega, descobre que os filhos de Mrs. Green travam uma guerra contra dois primos mimados vindos da cidade, que se mudaram para a quinta. Socorrendo-se de tudo, Nanny McPhee usa a sua magia para ensinar às suas crianças cinco novas lições.
O novo filme do realizador de Still Life, “24 City” fala da dramática queda de uma fábrica estatal de munições e a sua conversão num complexo de apartamentos de luxo na China de hoje. O filme combina as histórias de três gerações de trabalhadores numa fascinante história da China pós-revolucionária. Fez parte da selecção oficial de Cannes deste ano.
Ana Russo