Investigadores norte-americanos do Massachussetts General Hospital, em Boston, EUA, foram bem sucedidos na recriação em laboratório de um fígado. A descoberta oferece uma esperança renovada para centenas de pacientes que sofrem de doenças do fígado e
Investigadores norte-americanos do Massachussetts General Hospital, em Boston, EUA, foram bem sucedidos na recriação em laboratório de um fígado. A descoberta oferece uma esperança renovada para centenas de pacientes que sofrem de doenças do fígado e esperam por transplante.A técnica irá permitir também reciclar centenas de órgãos doados que se encontram danificados ou demasiado velhos para serem considerados transplantáveis. O fígado pode assim ser rejuvenescido com as células do próprio doente dminuindo assim o uso de medicamentos contra a rejeição.
A nova técnica consiste em livrar o fígado do dador das células com recurso a um “banho” de químicos até ficar apenas o exoesqueleto. A seguir é lhe administrado em quatro etapas cerca de 200 mil células estaminais do próprio paciente que espera o transplante.
É depois transplantado e como foi recriado com as células do próprio paciente a hipótese de ser rejeitado pelo organismo é quase nula.
Segundo os especialistas este ´banho´ consegue reter a maior parte da microarquitetura do fígado, incluindo estruturas essenciais como os vasos sanguíneos.
O processo foi testado até agora em ratos de laboratório. “Se formos bem, sucedidos vamos revolucionar como são tratadas as doenças de fígado”, contou à BBC News o Dr. Korkut Uygon da Harvard Medical School.
O cientista apontou uma meta de cinco a 10 anos para que esta técnica possa ser utilizada em humanos. “É um grande passo na direcção certa”, garante o cientista que acredita ainda haver muito trabalho pela frente para desenvolver este novo mecanismo que irá ajudar centenas de pessoas.