O unicórnio, animal que alimenta fantasias de miúdos e graúdos um pouco por esse mundo fora, existiu mesmo. Mas era menos delicado e cintilante do que a imaginação popular o pintou.
O unicórnio, animal que alimenta fantasias de miúdos e graúdos um pouco por esse mundo fora, existiu mesmo. Mas era menos delicado e cintilante do que a imaginação popular o pintou.
O verdadeiro unicórnio, com o nome científico Elasmotherium sibiricum, pesava mais de quatro toneladas, tinha cerca de 2 metros de altura e 4,5 de comprimento e tinha um corno largo e comprido que ocupava a parte superior do focinho. Na realidade, parecia mais um rinoceronte do que um cavalo.
Os paleontólogos que investigam a região de Pavlodar, no Cazaquistão, anunciaram a descoberta do fóssil de um crânio deste herbívoro e a investigação foi publicada no American Journal of Applied Sciences.
Na realidade, a existência do verdadeiro unicórnio não é novidade para a ciência: os primeiros fósseis deste animal já tinham sido descritos no século XVIII. Mas julgava-se, até hoje, que esta espécie se tinha extinguido há cerca de 350 mil anos.
Os investigadores da universidade russa de Tomsk conseguiram determinar que o Elasmotherium era herbívoro e endémico da Euroásia e que terá vivido até há cerca de 28.000 anos, tendo partilhado a superfície da terra com o Homo sapiens.
Terá sido esta contemporaneidade com o homem moderno, terá permitido a criação do mito do unicórnio.