A distinção de Investigação Básica 2010 foi atribuída ao trabalho “Papel da noradrenalina na facilitação da dor no encéfalo: estudos em modelos de dor crónica”, da autoria de Isabel Martins, Deolinda Lima e Isaura Tavares, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP/IBMC) e do Instituto de Biologia Molecular e Celular.
Segundo um comunicado do IBMC, as cientistas da FMUP descobriram um circuito neuronal que aumenta a dor através da libertação de um neurotransmissor (noradrenalina) e que deverá ser responsável pelo desencadear do mecanismo de alerta.
A nota explica ainda que o “mecanismo de alerta da dor é um ‘sistema de sobrevivência’ que nos permite responder rapidamente à dor, protegendo-nos de estímulos causadores de danos e ensinando-nos a não repetir ações que causem dor”.
A coordenadora geral da investigação, Isaura Tavares, destacou que “o próximo passo é perceber de que forma o mecanismo de alerta se desregula quando existe dor crónica, e avaliar se um estado de alerta contínuo poderá relacionar-se com a presença de outras patologias, como a depressão, por exemplo”.
Esta descoberta foi feita em colaboração com as Universidades de Groningen (Holanda) e da Carolina do Sul (EUA).
O Júri do Prémio Grünenthal Dor 2010 foi presidido pelo Presidente da Fundação, Walter Osswald, e outras seis personalidades médicas designadas pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).
Consulte AQUI o comunicado da IBMC.