Ciência

Cientistas descobriram supernova não destrutiva

Uma recente descoberta do observatório norte-americano Keck revela que existe um outro tipo de supernova que poderá não ditar a morte da estrela. A explosão de densidade mais fraca tem menos energia do que aquelas que foram registadas até hoje.
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Uma recente descoberta do observatório norte-americano Keck revela um novo tipo de supernova que poderá não ditar a morte da estrela. A explosão que ocorre no fim da vida deste astro tem uma densidade mais fraca e menos energia do que as das supernovas que se conheciam até hoje.

A Type Lax, designação atribuída ao tipo de explosão desta estrela pelos astrónomos da investigação, tem origem em anãs brancas, tal como as restantes supernovas que se observaram até hoje, mas ocorre sem que estas sejam extintas. Uma anã branca é o resíduo de uma estrela que completou o seu ciclo de vida normal.

 
“A Type Lax é essencialmente uma mini supernova”, explicou o cientista Ryan Foley, no site oficial do Instituto de Ciências da Carnegie Mellon. Os astrónomos conseguiram identificar 25 exemplos deste novo tipo de explosão e sugerem que estas apenas ocorrem em sistemas estelares mais recentes.
 
As supernovas são diferentes tipos de explosões que ocorrem no interior das estrelas de grande dimensão (maiores do que o Sol) e que, como consequência, aumentam milhões de vezes a luminosidade do astro. Até agora, só se tinha identificado dois tipos de supernovas: o tipo I (resultante de uma fusão nuclear do carbono da estrela) e as do tipo II (estrelas que perderam o cumbustível – hidrogénio).

A explosão de uma supernova – um dos fenómenos astronómicos mais raros e importantes para a ciência moderna – pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. No caso das estrelas com uma massa mesmo muito elevada, a sua explosão pode dar origem a buracos negros.
 

Pouca luminosidade atrasou descoberta das Lax
 
Os cientistas indicam que este novo tipo de supernovas se forma num sistema estelar binário que contém uma estrela anã branca e uma estrela companheira que perdeu todo o seu carbono e oxigénio exterior e que ficou dominada pelo hélio. Por sua vez, a estrela anã branca recolhe o hélio dessa estrela o que causará a explosão.
 
No entanto, o padrão encontrado pelos cientistas indica que na grande maioria dos casos a estrela sobrevive à explosão, ao contrário das explosões Type La que destroem por completo as anãs brancas.
 
A equipa do Observatório Keck indica que este novo tipo de supernova demorou mais tempo a ser identificada no Universo porque o seu brilho é muito mais fraco. Os cientistas calculam que estas supernovas representem um terço do total.

Clique AQUI para aceder ao estudo completo publicado no The Astrophysical Journal (em inglês).

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