Cientistas norte-americanos acabam de desvendar um novo indício de que uma das luas de Júpiter, Europa, poderá dispor de condições ideais para a existência de vida.
Cientistas norte-americanos acabam de desvendar um novo indício de que uma das luas de Júpiter, Europa, poderá dispor de condições ideais para a existência de vida depois de o telescópio Hubble, da NASA, ter observado colunas de vapor de água a “jorrar” da superfície gelada daquele satélite do gigante gasoso.
Um comunicado da agência espacial dos EUA realça que investigações anteriores com outras origens tinham já indicado a existência de um oceano “escondido” sob a crosta congelada da lua Europa.
Embora ainda não tenha sido possível confirmar esse facto, os especialistas, que apresentaram a novidade numa conferência sobre geofísica em São Francisco e publicaram, a semana passada, os resultados do estudo na revista científica Science Express, acreditam que a deteção recente do vapor de água aumenta as possibilidades de que tal oceano seja uma realidade.
A confirmar-se, Europa transformar-se-á na segunda lua do sistema solar conhecida a apresentar jactos de vapor de água, depois de, em 2005, a sonda Cassini ter observado o mesmo fenómeno na superfície de um dos satélites de Saturno, Enceladus.
“De longe, a explicação mais simples para a presençado vapor é que este seja ejetado a partir de colunas de água na superfície de Europa”, explica Lorenz Roth, do Southwest Research Institute, principal autor do estudo, em comunicado.
“Se estas colunas de água estiverem ligadas ao oceano que acreditamos existir sob a crosta desta lua de Júpiter, tal significará que as investigações futuras poderão incidir diretamente sobre a constituição química de Europa e o ambiente potencialmente habitável que esta constitui sem ter de 'escavar' através de camadas e camadas de gelo, o que é tremendamente excitante”, realça o investigador.
Para John Grunsfelt, astronauta e administrador associado para a ciência da Nasa, se for confirmada, “esta observação volta a mostrar o poder de exploraçao do telescópio Hubble e abre um novo capítulo na procura de outros mundos potencialmente habitáveis no nosso sistema solar”.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).