A mutação genética mais comum neste tipo de cancro é a do gene Npm1.
De acordo com o estudo agora apresentado, a ativação desse gene num grupo de ratos de laboratório aumentou a capacidade de regeneração das suas células sanguíneas, o que normalmente indica a presença de cancro. Contudo, apenas um terço desses animais sofreu de leucemia.
Os investigadores procederam a outras alterações genéticas nos ratinhos, de forma aleatória, e, ao analisarem aqueles que desenvolveram a doença, conseguiram identificar as mutações envolvidas no processo.
Desta forma foram encontrados dois novos tipos de mutação genética responsáveis pela leucemia; uma atinge a divisão e crescimento celulares, enquanto que a outra afeta o ambiente que envolve as células.
George Vassiliou, hematologista do Wellcome Trust Sanger Institute, disse à BBC que “foram identificadas etapas fundamentais do desenvolvimento do cancro”, o que abre novas possibilidades à procura de novos métodos para reverter o processo.
“Produzir novos fármacos para os pacientes é um processo que pode demorar décadas, mas o que está ao nosso alcance no futuro mais próximo é a utilização de medicamentos já existentes de uma forma melhor direcionada, mais eficaz”, acrescentou o especialista.
A leucemia traduz-se numa produção de glóbulos brancos imaturos, o que vem mudar o equilíbrio sanguíneo. Como são subdesenvolvidos, esses glóbulos brancos falham no combate de infeções. Ao mesmo tempo, os glóbulos vermelhos passam a ser produzidos em menor número, o que provoca insuficiência de oxigénio nos órgãos.
Se não for diagnosticada atempadamente, a leucemia mielóide aguda pode matar em poucas semanas.
[Notícia sugerida pelas utilizadoras Elsa Martins e Raquel Baêta]