Nem todas as ilhas-barreira descobertas agora surgiram ao longo da última década; segundo os cientistas das universidades de Duke e Meredith, na Carolina do Norte, muitas delas já existiam há longos anos, mas foram ignoradas ou mal classificadas em investigações anteriores.
Até ao momento, julgava-se que as ilhas-barreira nunca poderiam surgir em locais onde a alteração dos níveis do mar é superior a quatro metros. No entanto, o estudo realizado recentemente identificou a maior cadeira de ilhas-barreira na costa equatorial do Brasil, onde o mar regista elevações de sete metros.
"Isto prova que as ilhas-barreira existem em qualquer tipo de clima, com qualquer tipo de maré e ondas", frisa Morrin Pikey, cientista ambiental da Universidade de Duke.
Este tipo de formações de areia vai assumindo novas formas ao longo do tempo como resposta às ondas, marés, correntes e outros processos físicos relacionados com a dinâmica dos oceanos.
Por isso, os cientistas acreditam que este estudo mostra a necessidade de criar um novo método de classificação e estudo das ilhas-barreira, que tenha em conta a complexa interação entre as variáveis locais e globais que determinam o seu aparecimento e evolução.