Embora não sejam exatamente ossos, estas estruturas são feitas de um material similar ao das estruturas ósseas humanas e possuem quase todas as suas caraterísticas mecânicas. Compostas, inicialmente, apenas por fosfato de cálcio, foram reforçadas com a adição de silício e zinco, o que duplicou a sua resistência.
Susmita Bose, uma das especialistas envolvidas na criação destes ossos, explicou à BBC que os ossos artificiais impressos poderão vir a ser usados, dentro de poucos anos, em procedimentos ortopédicos e implantes dentários.
Quando colocado junto de um osso biológico, este novo material artificial funciona como um suporte para que o natural cresça e supere, por exemplo, deficiências ou fraturas. Depois, o osso impresso dissolve-se, “sem provocar efeitos secundários” ou deixar quaisquer vestígios.
A própria impressão é também vantajosa, uma vez que acarreta custos baixos, pelo que, defende Bose, os hospitais poderão encomendar implantes de tecidos ósseos em qualquer formato e tamanho e até ter as suas próprias “impressoras de ossos”.
O processo é bastante simples: estas aspiram o pó de cerâmica e dispõem-no em várias camadas, criando uma estrutura porosa. Posteriormente, o suporte impresso é mergulhado numa solução com células ósseas humanas imaturas, o que irá permitir o seu implante direto.
Até agora, os investigadores obtiveram resultados promissores em experiências com coelhos e ratos. Além disso, levaram a cabo vários testes em células ósseas em laboratório e constataram que logo durante a primeira semana após o implante do osso artificial, novas células começaram a crescer sobre o suporte, o que abre boas perspetivas futuras.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]