Cientistas da Universidade do Arizona, nos EUA, conseguiram desenvolver um mosquito transgênico resistente à malária, revela um estudo publicado no jornal científico Journal of Public Library of Science Pathogens.
Cientistas da Universidade do Arizona, nos EUA, conseguiram desenvolver um mosquito transgênico resistente à malária, revela um estudo publicado no jornal científico Journal of Public Library of Science Pathogens.Os investigadores introduziram um gene que altera o aparelho digestivo do inseto, impedindo o desenvolvimento do parasita da malária. A mudança na constituição do mosquito também diminui a sua esperança de vida.
“Esta foi a primeira vez que conseguimos bloquear completamente o desenvolvimento do parasita no mosquito”, disse Michael Riehle, um dos pesquisadores à BBC.
Os cientistas inseriram uma marcação fluorescente no novo gene para garantir que as larvas do inseto tinham sido efetivamente modificadas.
Introduzir o mosquito no ambiente
O objetivo, segundo os pesquisadores, é introduzir o mosquito modificado no meio ambiente para que ele substitua os atuais insetos portadores da doença.
“Antes de fazermos isto, temos que de alguma forma dar vantagens competitivas aos mosquitos (transgénicos) sobre os que carregam a doença”, disse Riehle à BBC.
Uma das possibilidades é garantir que o gene modificado seja transmitido a novas gerações e se espalhe por toda a população de insetos.
Outra opção seria tornar os mosquitos geneticamente imunes a toxinas usadas contra os insetos que portam a malária.
Mas há alguma apreenção ética quanto à ideia de introduzir insetos modificados no ambiente. Os especialistas dizem que, além dos entraves científicos, é preciso avaliar efetivamente os riscos e benefícios para a espécie humana e para a natureza.