Este domingo, uma equipa de investigadores assegurou ter produzido aquele que é considerado o material do futuro para a eletrónica e a nanotecnologia com uma simples varinha mágica de cozinha.
Este domingo, uma equipa de investigadores assegurou ter produzido aquele que é considerado o material do futuro para a eletrónica e a nanotecnologia com uma simples varinha mágica de cozinha.
Pelo nome grafeno, este encontra-se em estado natural na grafite dos lápis, mas a sua produção à escala industrial é, até agora, difícil e extremamente dispendiosa. Agora, um grupo de cientistas britânicos e irlandeses explica ter conseguido obter folhas microscópicas de grafeno misturando o pó de grafite com “líquido esfoliante” com recurso a uma varinha mágica.
O feito é contado num artigo na edição de domingo da revista 'Nature Materials', onde os cientistas dizem ter fabricado folhas microscópicas de grafeno com cerca de um nanómetro de espessura e cem nanómetros de comprimento. As mesmas ficaram em suspensão no líquido trabalhado, podendo ser aplicadas em superfícies ou misturadas com matérias plásticas.
A equipa garante que a estrutura bidimensional do grafeno não foi danificada pela operação, tendo, sido, aliás, possível “desenvolver uma nova fórmula passível de ser adaptada à produção em escala industrial”.
As declações são de Jonathan Coleman, professor de química no Trinity College, em Dublin, na Irlanda, à AFP, acrescentando que o grafeno é a substância mais fina do mundo, sendo, inclusive, mais forte do que o aço.
As suas propriedades são essencialmente elétricas, por ser melhor condutor que o cobre, e mecânicas, por ser entre cem a 300 vezes mais resistentes ao corte do que o aço. Por isso mesmo, há um crescente interesse na sua utilização, nomeadamente na substituição de semicondutores na próxima geração de computadores, ecrãs táteis, pilhas e painéis solares.
Leia o artigo publicado pelos investigadores na 'Nature Materials', em inglês, AQUI.