Um físico norte-americano interpretou os últimos dados do telescópio Planck sobre o Big Bang para recriar o som da expansão do universo nos seus primeiros 760.000 anos.
Um físico norte-americano interpretou os últimos dados do telescópio Planck sobre o Big Bang para recriar o som da expansão do universo nos seus primeiros 760.000 anos de vida.
A Agência Espacial Europeia (ESA) revelou, no final de Março, o mapa mais detalhado de sempre do Universo 380 mil anos depois do Big Bang, tal como o Boas Notícias revelou à data.
Os novos dados obtidos pelo telescópio Planck desafiaram os atuais paradigmas da astronomia sugerindo que o universo tem mais 80 milhões de anos do que se pensava, ou seja, cerca de 13,8 mil milhões de anos, além de registar uma velocidade de expansão mais lenta.
Com base nesses dados, o físico John G. Cramer, professor na University de Washington (EUA), criou uma versão áudio do som do Big Bang. Em 2003, Cramer já tinha feito uma interpretação deste som, com base nos dados da sonda Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP), da NASA.
“O novo espetro de frequência (sonora) atinge frequências muito mais elevadas do que as obtidas com os dados da WMAP, pelo que oferece uma versão do som do Big Bang com alta fidelidade”, explica o professor Cramer no seu site oficial.
O físico norte-americano explica ainda que o som do Big Bang seria demasiado baixo para ser percecionado pelo ouvido humano pelo que aumentou de forma exponencial a escala para conseguir esta simulação, que corresponde à expansão do universo nos seus primeiros 760.000 anos.