por redação
De acordo com o site do galardão, o prémio é atribuído pela NWO/ZonMW (Fundação para a Ciência e Tecnologia Holandesa) e desafia equipas formadas por um cientista e um artista a desenvolverem um conceito que explore e ultrapasse os limites de ambas as disciplinas.
O projeto Haem consiste na criação de uma agulha de bússola feita a partir do ferro presente no sangue contido em placentas humanas.
O instrumento metálico orientador é apresentado num labirinto de dimensões humanas inspirado pela complexa morfologia labiríntica da placenta quando vista ao microscópio, segundo a descrição do projeto.
Haem – criado recorrendo ao conhecimento nos campos da arte, medicina e metalurgia, “como metáfora poética para a natureza exploratória do ser humano” — encontra-se na galeria UM, em Eindhoven, na Holanda, como parte da exposição coletiva “Fluid Matter”, que ficará patente até ao fim de fevereiro de 2017.
Rodrigo Leite de Oliveira é investigador no Instituto Holandês de Cancro, em Amsterdão, e publicou vários artigos científicos sobre o desenvolvimento de vasos sanguíneos em tumores e as suas implicações para terapias oncológicas.
Cecilia Jonsson é uma artista sueca que vive na Noruega e o seu trabalho inspira-se nos métodos utilizados nas ciências naturais, explorando as tensões entre o domínio mineral e entidades vivas como método de observação e veículo de comunicação.
Também foram galardoados Pei-Ying Lin (Taiwan), com o projeto Tame is to Tame, numa colaboração com o Viroscience lab, Erasmus University Medical Center (EMC), e Lilian van Daal & Roos Meerman (NL), com Dynamorphosis – The beauty of inner mechanisms, numa colaboração com o Swammerdam Institute for Life Sciences – Universidade de Amesterdão.