O cientista israelita Daniel Shechtman, de 70 anos, foi premiado com o Nobel da Química de 2011 pelo seu trabalho sobre padrões dos átomos em cristais, os chamados quase-cristais, que têm aplicações experimentais em inúmeras finalidades – dos motores a diesel às frigideiras
Segundo o comité do prémio Nobel, a pesquisa de Shechtman alterou de forma fundamental o conceito de matéria sólida ao provar que os padrões dos átomos não se repetem.
“Ao contrário da crença prévia de que átomos ficam dentro de cristais em padrões simétricos, Schechtman mostrou que eles se podem organizar num padrão que não se repete,” explicou a academia.
“A sua descoberta foi extremamente controversa. Enquanto defendia sua descoberta, foi demitido de seu grupo de pesquisa. No entanto, sua batalha eventualmente forçou cientistas a rever a própria natureza da matéria”.
O cientista, nascido em Tel Aviv, trabalha no Technion (Instituto de Tecnologia de Israel), em Haifa (norte). Quando publicou o seu principal trabalho, Daniel Shechtman vivia nos EUA.