A chuva de estrelas cadentes 'Perseidas' pode ser visível a olho nu durante as noites deste fim de semana e segunda-feira, o dia em que se regista uma maior atividade. O fenómeno deve-se à passagem da Terra pela órbita do cometa 'Swift-Tuttle'.
A chuva de estrelas cadentes 'Perseidas' pode ser visível a olho nu durante as noites deste fim de semana e da próxima segunda-feira, o dia em que se regista uma maior atividade. O fenómeno tem origem na passagem da Terra pela órbita do cometa 'Swift-Tuttle'.
Todos os anos, por volta desta altura, é possível observar-se, no céu limpo, esta chuva de estrelas cadentes. Em locais pouco afastados da poluição das luzes urbanas, a 'Perseidas' pode ser vista, perfeitamente, à vista desarmada.
As previsões meteorológicas para as próximas noites apontam para “ótimas condições” de visibilidade desta que é uma das chuvas de estrelas cadentes mais importantes, segundo Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, o responsável revelou que a 'Perseidas' irá registar o seu pico de atividade na noite de segunda-feira, ao emitir uma média de 110 meteoros por hora. Ainda assim, nas noites de sábado e de domingo será já possível ver esta chuva de meteoros com uma média de 80 a 90 por hora.
No céu noturno, a chuva de estrelas cadentes ou meteoros surge como uma série de rasgos luminosos. Neste caso, a 'Perseidas' deve a sua designação científica ao ponto do céu de onde parece partir, na constelação de Perseus. Ainda assim, o fenómeno é também popularmente conhecido como 'Lágrimas de São Lourenço', em homenagem ao santo festejado a 10 de Agosto.
As chuvas de estrelas cadentes, cientificamente designadas como chuvas de meteoros, acontecem quando a Terra cruza um enxame de meteoroides, neste caso na órbita do cometa “Swift-Tuttle”.
Os meteoros são fenómenos luminosos resultantes da entrada na atmosfera da Terra de um corpo sólido proveniente do Espaço. O corpo aquece, ioniza a atmosfera e deixa um rasto de luz.
Já os meteoroides são “objetos sólidos que se deslocam no Espaço interplanetário”, com “dimensões consideravelmente mais pequenas do que as de um asteroide e bastante maiores do que as de um átomo ou molécula”.
Rui Agostinho acrescenta que há registo de 'Perseidas' a cruzar os céus de Portugal desde os séculos VIII, IX e X. No entanto, só em 1835 é que o astrónomo belga Adolphe Quételet (1796-1874) veio a descobrir que se tratava de uma chuva regular.
Na lista de chuvas de estrelas cadentes mais importantes figuram também a 'Quadrântidas', a 'Leónidas' e a 'Gemínidas', com picos de atividade a 4 de Janeiro, 18 de Novembro e 14 de Dezembro, respetivamente.