São boas notícias para os amantes do chocolate. Um estudo que analisou a alimentação de mil indivíduos, ao longo de 30 anos, acaba de demonstrar que comer chocolate uma vez por semana melhora o desempenho intelectual.
São boas notícias para os amantes do chocolate. Um estudo que analisou a alimentação de mil indivíduos, ao longo de 30 anos, acaba de demonstrar que comer chocolate uma vez por semana melhora o desempenho intelectual.
A investigação realizada pela University of South Australia, em parceria com entidade norte-americanas e do Luxemburgo, analisou os resultados do estudo Maine-Syracuse Longitudinal Study (MSLS) que acompanhou, durante 30 anos, cerca de 1.000 indivíduos, registando diversas variáveis, desde a alimentação à saúde física e emocional dos participantes.
“Os falavonoides do chocolate e do cacao têm vindo a ser associados a uma serie de benefícios, nomeadamente a nível cardiovascular, mas raramente se documenta os seus efeitos a nível cognitivo”, explica em comunicado de imprensa a investigadora, Georgina Crichton, que liderou a investigação.
“Nós tentámos perceber se o consumo de chocolate estaria associado as funções cognitivas (memoria, concentração, lógica, processamento de informação), dos 1.000 indivíduos que participaram no MSLS e descobrimos que aqueles que comem chocolate pelo menos uma vez por semana tem um melhor desempenho em varias tarefas cognitivas, comparando com aqueles que comem chocolate menos do que uma vez por semana”, acrescenta a investigadora.
Estas tarefas incluem, por exemplo, memória verbal, memória e organização visual e espacial, pensamento abstrato, retenção de informação e capacidade de a recordar mais tarde (por exemplo, recordar uma lista de palavras ou onde um objeto foi guardado).
“À exceção da memória, esta relação (entre o consumo de chocolate e as funções cognitivas) não foi afetada por outros fatores como a idade ou o estilo de vida, nem mesmo pelo consumo de outros alimentos. Isto significa que independentemente do nível de glucose ou colesterol ou de outros fatores como a idade, os benefícios do chocolate a nível cognitivo mantém-se”, acrescenta a investigadora.
Georgina salienta ainda que os estudos anteriores que relacionaram chocolate com desempenho cognitivo analisaram sobretudo os efeitos imediatos deste consumo, enquanto que o novo estudo se focou no consumo a longo prazo.
Apesar das boas notícias para os amantes do chocolate, a investigadora Crichton salienta, no mesmo comunicado, que o “consumo de chocolate deve sempre estar associado a um estilo de vida saudável e a uma dieta equilibrada, nunca ultrapassando o consumo recomendado de calorias diárias”.