Um novo chip desenvolvido nos EUA fornece, em tempo real, imagens 3D do interior do coração, artérias coronárias e dos vasos sanguíneos.
Um novo chip desenvolvido nos EUA fornece, em tempo real, imagens 3D do interior do coração, artérias coronárias e dos vasos sanguíneos. O equipamento pode ajudar a orientar melhor os cirurgiões e permite limpar artérias obstruídas sem precisar de cirurgia.
O chip tem uma forma circular, é feito de silício e mede apenas 1,4 milímetros. A pequena dimensão do chip permite que o dispositivo circule facilmente pelos vasos sanguíneos captando imagens a um ritmo de 60 'frames' por segundo. A tecnologia foi desenvolvida pela Faculdade George W. Woodruff de Engenharia Mecânica do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos EUA.
“O nosso dispositivo vai permitir que os médicos tenham a noção de volume dentro de um vaso sanguíneo. Funciona como uma lanterna que permite ver as obstruções nas artérias. Assim, pode-se reduzir o número de cirurgias que seria necessário para limpar esses vasos”, revelou F. Levent Degertekin, professor do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos EUA.
Para circular dentro dos vasos sanguíneos os dispositivos têm de ser pequenos e flexíveis o suficiente para viajar através do sistema circulatório. Já para captar imagens, é necessário um grande número de elementos que transmitam e recebam informação de ultra som.
A transmissão de dados a partir destes elementos para equipamentos externos exige muitas conexões de cabos, o que normalmente limita a capacidade dos dispositivos de serem colocados dentro do corpo.
O grupo de cientistas conseguiu ultrapassar esse problema ao realizar o processamento das imagens no próprio chip através de 13 pequeníssimos cabos.
A próxima etapa passa por realizar testes em animais para demonstrar as potencialidades do dispositivo. Os investigadores pretendem licenciar a tecnologia para uma empresa de diagnóstico médico com o intuito de conduzir os ensaios clínicos necessários para a obter a aprovação da FDA, entidade norte-americana responsável pelo controle dos medicamentos.
O estudo foi publicado na revista online “IEEE Transactions on Ultrasonics, Ferroelectrics and Frequency Control” de Fevereiro. A pesquisa teve o apoio do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
Clique AQUI para ler o estudo (em inglês).
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