Trata-se de uma edição de 208 páginas, em chinês e inglês, organizada por Emanuel Barbosa, professor de design nos arredores do Porto e diretor criativo da revista.
Embora a Casa Internacional tenha começado a ser publicada em Pequim há uma década, esta foi a primeira vez que os editores recorreram “a um designer para um número que destaca o seu próprio país”, realçou Chen Yuanzheng, diretor da publicação, que considera que “o resultado é realmente encorajador”.
O lançamento da última edição do ano, da qual Portugal é protagonista, reuniu dezenas de profissionais do design e da arquitetura numa galeria da concorrida “798”, uma área artística de 50 hectares instalada numa antiga fábrica nos subúrbios de Pequim.
Embora dois grandes retratos de Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura – símbolos incontornáveis da arquitetura nacional – dominassem a sala, as páginas da revista, que foram projetadas na parede, focam também o nome e obra de criadores mais jovens, casos de Joana Rego, Fernando Guerra, Dino dos Santos, Fernando Brísio e Ana Santos.
Para José Tadeu Soares, embaixador português na China, “esta apresentação de um Portugal moderno vem muito a propósito porque é exatamente isso que se vê hoje nas cidades chinesas: uma China muito moderna, com alta qualidade no design dos objetos do dia-a-dia e na arquitetura”.
“É bom que apareçam os arquitetos e designers portugueses a mostrar que também temos produção de alta qualidade nestas áreas”, considerou.