O despertador, com o nome de 'Wake Up Deaf', custa apenas 80 reais (cerca de 25 euros), um valor muito inferior ao dos outros produtos do género que custam, em média, 300 reais (cerca de 96 euros).
Ao contrário dos outros aparelhos, o 'Wake Up Deaf' apenas vibra e, para o configurar, basta colocar a hora, no telemóvel, a que se deseja acordar.
Quando chega à hora marcada, o telemóvel estabelece uma ligação, via Bluetooth, para que o aparelho comece a vibrar.
A criação deste produto nasceu de uma necessidade de um dos seus fundadores, Pedro Moraes, que é surdo e mudo, e que por isso, tinha dificuldade em usar os despertadores convencionais.
“Como a vibração dos telemóveis é fraca, torna-se necessário colocá-lo debaixo da almofada e isso pode ser prejudicial à saúde, devido às ondas de rádio transmitidas”, explica Raul Ribeiro, outro dos mentores do projeto, ao 'Correio Braziliense'.
Raul é tradutor de linguagem gestual pelo que está em constante contato com associações de apoio a deficientes auditivos, onde percebeu a ausência de um despertador para surdos, eficaz e económico, no mercado.
Porta-chaves localiza pessoas
Mas para além deste produto, a equipa composta por Raul Ribeiro, Orlan Almeida e Paul Holdel também criou um porta-chaves que permite às famílias localizar os seus parentes idosos ou portadores de problemas mentais, quando se encontram perdidos.
O 'Click Help', criado também com o mesmo objetivo de apresentar uma solução mais económica, tem aproximadamente “o tamanho de uma chave telecomandada, composta apenas por um botão”, que é pressionado sempre que o dono do porta-chaves precisa de ajuda.
Depois, é enviada uma mensagem sms para cada número de telefone gravado na memória do cartão deste aparelho.
Quando recebem a mensagem, os parentes podem usar o GPS deste aparelho para localizar a pessoa e até mesmo fazer uma chamada telefónica, uma vez que o 'Click Help' suporta até dois cartões SIM de duas operadoras diferentes.
Este porta-chaves tem um custo entre 400 e 500 reais (entre cerca de 130 a 160 euros).
Notícia sugerida por António Resende