Embora para muitos Chapitô seja sinónimo de circo, basta entrar pela porta azul para perceber que ali, naquele lugar aparentemente pequeno, há muito mais do que palhaços e malabarismo. O Chapitô é, acima de tudo, uma casa que ajuda a formar atitudes e comportamentos, recorrendo às artes circenses como um instrumento.
Construída e mantida com “poucos recursos mas muita imaginação” – como se lê no catálogo lançado no passado sábado para assinalar o triplo aniversário da associação – a casa do Chapitô trabalha há 30 anos na integração social de jovens, na formação de “artesãos de palco” e na divulgação da cultura.
É precisamente no contexto da cultura que surge a Companhia de Teatro do Chapitô que comemora 15 anos de existência.
Na semana passada o público foi convidado a fazer parte da festa em diversas iniciativas da companhia: o metro de Lisboa recebeu uma exposição fotográfica sobre algumas das peças que passaram pela companhia; durante um dia a estação de metro do Marquês de Pombal recebeu atores do Chapitô que interpretaram excertos de peças como “Drákula”; e, entre 19 e 23 de Setembro, na tenda do Chapitô o público pôde escolher a peça que queria ver, minutos antes de os atores vestirem os papéis.
A estes 15 anos de companhia, juntam-se outros dois aniversários importantes: os 20 anos da Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo e os 30 anos da casa mãe – o Chapitô Coletividade Cultural e Recreativa de Sta Catarina.
José Carlos Garcia foi co-fundador do Chapitô, aluno da escola e é agora diretor da companhia de teatro. Na semana passada abriu as portas do Chapitô – e são muitas – ao Boas Notícias.
Rita Correia