O "Projecto Chão", desde há um ano e de forma temporária, ocupa espaços urbanos devolutos ou em transição. A partir daí proporciona atividades pensadas a partir da epecificidade de cada local ocupado. Chegou a vez do Cinema Nimas, em Lisb
O “Projecto Chão”, desde há um ano e de forma temporária, ocupa espaços urbanos devolutos ou em transição. A partir daí proporciona atividades pensadas a partir da epecificidade de cada local ocupado. Chegou a vez do Cinema Nimas, em Lisboa, onde até dia 26 de março poderá ver o que já não pode ser visto – cinema. O cinema censurado, proibido, impossível ou invisível, fazem parte da seleção do programa.
A impossibilidade de mostrar e ver cinema, implícita no fecho de mais uma sala, como aconteceu com o Cinema Nimas na Av. 5 de Outubro que desde agosto se dedica sobretudo às artes performativas , será o tema geral do programa proposto.
A censura política, o boicote por parte do público ou dos distribuidores, as dificuldades técnicas de reprodução, as limitações do próprio cinema, ou os tabus culturais e sociais que impedem o espetador de ver estarão assim postos em evidência na seleção de filmes propostos pela programação desta iniciativa.
É possível filmar o vento?
Amanhã às 21h30 passa o filme “Uma História do Vento” de Joris Ivens, de 1988, e o filme mudo “O Vento”, de Victor Sjöström (1879-1960), que será acompanhada por uma sessão de sonoplastia ao vivo, realizada por Rui Viana, Peter Bastien e pelo engenheiro de som Vasco Pimentel. Aqui pede-se para refletir sobre uma das limitações técnicas do cinema: como é que é possível filmar o vento?
“Forbidden Images”, “You too bar”, fazem ainda parte da programação que pode ser consultada no blogue do “Projecto Chão” ou no Myspace do Chão. Os bilhetes custam 3,5 euros.