A investigadora Branca Silva explicou à Lusa que, após um ano de investigação, verificou-se que “o chá tem um efeito enorme sobre estas células e faz com que elas deixem de crescer, de se multiplicar”.
Segundo Branca da Silva já está comprovado que o chá tem “inúmeras atividades importantes e qualidades anticancerígenas contra diversos tipos de cancro”. Concretamente em relação ao cancro renal ainda não tinha sido realizada uma investigação do género.
A investigadora adianta que o cancro renal é um carcinoma pouco estudado e que “apresenta uma percentagem de incidência de dois a três por cento” e tem vindo a aumentar. Os tratamentos de quimioterapia e radioterapia não se revelam eficazes e são aplicados sobretudo com fins paliativos, pelo que esta descoberta ganha uma importância significativa.
Os principais agentes responsáveis pela atividade anticancerígena do chá verde são os compostos fenólicos, explicou Branca Silva, e embora “todas” as plantas tenham “compostos fenólicos, sejam de chá ou não” o chá verde “é particularmente rico em compostos fenólico de uma classe específica, as catequinas”, onde pode residir sua atividade anticancerígena.
Os médicos há muito que usam e estudam as propriedades das plantas como terapias preventivas ou curativas de algumas doenças em detrimento dos modelos químicos. Segundo a investigadora “cada vez mais surgem estudos em relação a este assunto e hoje tenta-se voltar à natureza e aproveitar os benefícios que elas podem trazer”.
A descoberta vai ser publicada na edição de 1 de Setembro da revista norte-americana Food Chemistry.