A cerveja sem álcool pode aumentar até cerca de 30 por cento a capacidade antioxidante do leite materno. O estudo foi efetuado em conjunto pelo Hospital Universitário Doctor Peset e pela Universidade de Valência, em Espanha.
O objetivo deste estudo foi mostrar as capacidades da cerveja sem álcool que, sendo rica em antioxidantes, reforça a própria capacidade antioxidante do leite materno, ajudando a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
O estudo teve início em 2008 e envolveu cerca de 80 mulheres saudáveis com diferentes origens e hábitos alimentares. Estas mulheres deram à luz Hospital Doctor Peset e os seus bebés nasceram no período normal e com o peso adequado para a idade de gestação, de acordo o comunicado do Centro de informação Cerveja e Salud.
Cerca de 40 participantes fizeram uma dieta habitual para a amamentação que foi suplementada durante o período de estudo com o consumo diário de 660 mililitros de cerveja sem álcool.
Pilar Codõner, líder da investigação, explicou que o objetivo do estudo era demonstrar que o consumo “de um produto rico em antioxidantes, como a cerveja sem álcool, poderia modificar a capacidade antioxidante que o leite humano já tem naturalmente e, assim, ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares nas crianças que são amamentadas. “
O estudo também demonstrou que as mães que seguiram a dieta suplementada com cerveja sem álcool apresentaram um menor dano oxidativo e um aumento da defesa antioxidante, tanto nas amostras de plasma como nas de urina.
Este grupo de mulheres apresentou uma presença de 15% menos marcadores de stress oxidativo no plasma do que no outro grupo que não beneficiou da dieta de amamentação de cerveja sem álcool.
Também se concluiu que o leite das mães que receberam cerveja sem álcool modificava o estado antioxidante do bebé, já que os níveis das moléculas que compõem o stress oxidativo na urina eram menores nos filhos das mães com dieta suplementada.