Ciência

Cérebro: Desvendado “segredo” do envelhecimento

Enquanto a Humanidade continua à procura da "fonte da juventude", um grupo de investigadores norte-americanos parece ter descoberto a "fonte do envelhecimento", uma região do cérebro que pode ajudar a tratar doenças e aumentar a longevidade.
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Enquanto a Humanidade continua à procura da “fonte da juventude”, um grupo de investigadores norte-americanos parece ter descoberto a “fonte do envelhecimento”, uma região do cérebro que poderá ter um efeito semelhante, já que o seu controlo abre caminho a estratégias para combate a doenças associadas à idade e ao aumento da esperança de vida.
 
Os especialistas do Albert Einstein College of Medicine da Universidade de Yeshiva, nos EUA, constataram, através de testes em ratinhos, que a região do hipotálamo – que é responsável pela fome, a sede, a temperatura corporal e a fadiga – controla a forma como o organismo vai entrando em declínio e envelhecendo ao longo do tempo. 
 
“Há muito tempo que os cientistas têm tentado compreender se o envelhecimento ocorre independentemente nos vários órgãos e tecidos corporais ou se é ativamente regulado por um órgão específico”, afirma Dongsheng Cai, professor de farmacologia molecular que coordenou o estudo publicado esta terça-feira na edição online da revista científica Nature.
 
“O nosso estudo tornou claro que muitos aspetos do envelhecimento são controlados pelo hipotálamo. O mais entusiasmante é que é possível – pelo menos em ratinhos – 'alterar' os sinais dentro desta região do cérebro para desacelerar o envelhecimento e aumentar a longevidade”, explica o especialista em comunicado.

Descoberta abre caminho a novas estratégias
 

Para chegar a esta conclusão, os investigadores decidiram estudar a inflamação no hipotálamo, focando-se numa proteína complexa denominada NF-kB, que se encontra no núcleo dos processos inflamatórios (envolvidos em muitas doenças ligadas ao avanço da idade) em associação com várias centenas de outras moléculas. 
 
Através da ativação desta proteína no hipotálamo dos ratinhos, os cientistas observaram um envelhecimento mais acelerado, evidenciado por sinais como “a perda de força muscular, de rigidez cutânea e da capacidade de aprender”, e uma consequente redução da esperança de vida.
 
A equipa da instituição norte-americana descobriu também que a ativação desta proteína causou a diminuição dos níveis de uma hormona sintetizada no hipotálamo – a GnRH -, que contribui igualmente para o envelhecimento corporal. Os cientistas administraram, então, injeções desta hormona por um período prolongado, conseguindo “desacelerar” o declínio cognitivo e físico e reverter o processo.
 
De acordo com Dongsheng Cai, estes resultados provam que a prevenção das inflamações no hipotálamo, bem como a administração de GnRH, poderão constituir-se como duas estratégias potenciais para tratar doenças associadas ao envelhecimento e para aumentar a esperança de vida em humanos.

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês). 

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