O consórcio formado por 13 dos mais importantes centros de investigaçao espera poder concretizar o “Human Brain Project” (HBP) recorrendo a um supercomputador que simule de forma realista o funcionamento do cérebro humano.
O objetivo é combater as cada vez mais comuns doenças mentais, tornando o seu diagnóstico e tratamento mais céleres e eficazes.
“O grande desafio é entender a relação entre as moléculas, como um gene ou uma droga, e o comportamento humano”, disse à Lusa o investigador e diretor do programa de neurociências da Fundação Champalimaud, Zach Mainen.
O projeto é um dos seis finalistas do programa de financiamento FET Flagship Program, da Comissão Europeia. Caso vença, receberá mil milhões de euros para um período de dez anos, ou seja, 100 milhões por ano, explicou Richard Walker, porta voz do HBP, durante a apresentação do projeto.
“O HBP vai poder simular cérebros de diferentes espécies, idades e doenças, permitindo diagnosticar e tratar doenças do cérebro. Queremos testar todas as doenças. Temos muitos conhecimentos, se tivermos um computador podemos testar, simular e repetir as vezes necessárias”, acrescentou o responsável.