“Cerca de mil padarias de 72 concelhos participam já no projeto, que começou com 26 concelhos, em 2007”, disse à agência Lusa a médica Ilídia Duarte, coordenadora desta iniciativa da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro para a redução do sal no pão como medida de prevenção das doenças cardiovasculares e cérebrovasculares.
Ao todo, 150 profissionais de saúde pública trabalham para esta causa, apoiados por uma rede de seis laboratórios de saúde pública, que asseguram a “monitorização analítica do projeto”, e diversas empresas de panificação.
Numa nota enviada à imprensa, a ARS faz um balanço positivo desta cooperação: “Atualmente, sem que se tenham apercebido, mais de um milhão de pessoas na região consomem pão com baixo teor de sal”.
O programa “pão.come” já foi, por isso, distinguido pelo Alto Comissariado da Saúde e pelos Nutritions Awards 2010.
“O pão de Portugal já foi considerado o mais salgado da Europa”, frisou Ilídia Duarte, indicando que a legislação em vigor estabelece como valor máximo 1,4 gramas por 100 gramas de pão. Nos últimos três anos, a ARS-Centro atingiu uma média de 0,91 gramas, de acordo com as análises feitas a “mais de quatro mil amostras de pão”.
A cerimónia desta quinta feira, a realizar no centro comercial Dolce Vita, às 15h30, “assinala o óptimo desempenho destas padarias que, após dois anos (.), conseguiram atingir os objectivos propostos”, refere a nota da ARS.