O primeiro animal chegou ao Centro a 26 de outubro de 2009, a transferência de 16 linces de Espanha para Silves ficou concluída no início de dezembro desse ano. Em abril nasceram as duas crias nascidas mas que acabaram por morrer.
Contudo, a coordenadora do plano de acção para a conservação do lince ibérico em Portugal, Lurdes de Carvalho, realça que só por si “foi um sucesso haver reprodução de linces ibéricos na primeira época em que o centro abriu, sobretudo de um animal, a Azahar, que tinha tido duas tentativas sem sucesso em Espanha”.
“Ficámos todos admirados por haver reprodução, porque é uma espécie que é muito difícil de se reproduzir sem as condições ideais. E o trabalho que está a ser desenvolvido está dentro das expectativas, apesar da morte das crias”, afirmou, por outro lado, a presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Alexandra Cunha.
As duas crias morreram por causa de uma “infecção bacteriana” e de “problemas congénitos”. Mas só o facto de terem sido concebidas e nascido com vida só por si já é um fator positivo no primeiro ano de existência do centro porque se tratou das primeiras reproduções comprovadas em Portugal nos últimos 30 anos.
Quando se cumpre um ano da chegada do primeiro animal ao Centro Nacional de Reprodução de Silves, Portugal recebe também o Primeiro Seminário do Lince Ibérico, que decorrerá entre esta quinta e sexta-feira na Universidade do Algarve (UAlg), em Faro.