A central fotovoltaica de alta concentração vai ter uma potência de 1 MW (megawatt), para uma produção anual estimada de 2200 kilowatts/hora (KWh). Este é um dos cinco projetos considerados pelo Governo como de “caráter experimental e de reconhecida valia tecnológica na área do solar fotovoltaico de alta concentração”.
“Contamos, no final deste ano ou início do próximo, depois da fase de promoção e licenciamento concluída, dar início à construção”, devendo as obras durar “seis meses”, adiantou Alda Delgado, administradora da Tecneira, à agência Lusa.
A responsável aponta ainda as várias vantagens desta tecnologia, que representa, neste caso, um investimento de quatro milhões de euros, quando comparada com o solar fotovoltaico tradicional.
“O que distingue o solar fotovoltaico de alta concentração do tradicional é um melhor aproveitamento do recurso solar, ou seja, conseguimos uma maior produção para a mesma potência instalada”, realçou.
Este não é, contudo, o primeiro investimento da Tecneira no Alentejo, região onde a empresa explora já uma outra central solar fotovoltaica: “O Alentejo é considerada a zona privilegiada de Portugal com melhor recurso solar”, salientou Alda Delgado, destacando que este projeto está, “certamente, dentro dos maiores do mundo, porque toda esta tecnologia da alta concentração ainda está numa fase muito experimental”.
A Tecneira, com actividade nacional desde 2001 e em processo de internacionalização, opera em várias áreas de energias alternativas: eólica (250 MW, em Portugal), fotovoltaica (10 MW), biomassas, minigeração e ondas.