O HIV ataca células do sistema imunológico, prendendo-se em proteínas específicas, particularmente na molécula CCR5. Eliminando o gene correspondente a esta proteína da célula, é possível protegê-la contra o vírus e, por fim, proteger as pessoas contra o HIV, ou ao menos limitar os seus efeitos em pessoas já infetadas.
Os pesquisadores eliminaram esse gene de células estaminais hematopoéticas (células originadas dos glóbulos brancos, mas também dos glóbulos vermelhos e das plaquetas), fazendo com que, aquando da sua divisão, as células produzissem outras células imunológicas isentas da proteína CCR5.
12 semanas após a aplicação deste tratamento a um grupo de ratos de laboratório infetado, o sistema imunológico já havia retomado a sua resistência inicial e as taxas de células do sistema imunológico dos ratos que receberam células-tronco não modificadas foram significativamente reduzidas, limitando a presença do HIV entre o grupo de teste.
De acordo com a AFP, um estudo semelhante está, neste momento, a ser testado em homens, na Universidade da Pensilvânia, mas nele são modificadas as células do sistema imunológico e não as células estaminais.