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Células estaminais promissoras no tratamento da psoríase

Estima-se que existam entre 100 e 250 mil doentes com psoríase em Portugal
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Um estudo recente realizado por investigadores da Universidade de Seoul, na Coreia do Sul, revelou uma diminuição significativa da inflamação da pele, em modelo animal, após a administração de células estaminais mesenquimais derivadas de sangue do cordão umbilical.

No âmbito deste estudo, foram realizadas várias experiências para avaliar o efeito destas células estaminais em lesões psoriáticas induzidas em modelo animal. Os resultados do estudo revelaram uma diminuição significativa da inflamação da pele associada à administração de células estaminais derivadas de sangue do cordão umbilical, quer quando a administração foi feita antes da indução da lesão, quer quando esta ocorreu após a lesão.

Este estudo foi incentivado pelo aumento do número de estudos bem-sucedidos no tratamento de doenças autoimunes, que se têm verificado ao longo dos últimos anos, recorrendo a células estaminais mesenquimais, devido à sua capacidade para regular a resposta imune.

Uma vez que não existe ainda cura para a psoríase, o seu tratamento passa por prevenir e tratar as lesões quando elas aparecem, através da aplicação de cremes com agentes hidratantes ou com corticosteroides.

“De acordo com este estudo, o tratamento com células estaminais mesenquimais derivadas do sangue do cordão umbilical poderá vir a ser utilizado não só para prevenir, mas também para tratar lesões psoriáticas pré-existentes. A realização de ensaios clínicos em humanos poderá abrir portas para a utilização deste tipo de terapêutica nos casos mais severos de psoríase e melhorar significativamente a qualidade de vida destes doentes” explica Bruna Moreira, Investigadora no Departamento de I&D da Crioestaminal.

A psoríase é uma doença crónica de natureza autoimune, que se manifesta na pele e se caracteriza pelo aparecimento de lesões avermelhadas ou com aspeto de ‘escamas’, que causam grande desconforto aos doentes. Estas lesões podem ocorrer em diversas zonas do corpo, nomeadamente nas mãos, pés, cotovelos, joelhos e couro cabeludo.

A psoríase afeta cerca de 2 a 3% da população mundial, e estima-se que em Portugal existam entre 100 a 250 mil doentes com psoríase. As causas da doença são ainda desconhecidas, embora esteja associada a uma predisposição genética, que só se manifesta clinicamente quanto se reúnem determinados fatores ambientais e imunológicos.

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