Saúde

Células do sangue de laboratório para tratar leucemia

Investigadores de Barcelona deram um passo importante no sentido da futura produção, em laboratório, de células do sangue utilizadas nos transplantes para tratar diversos tipos de leucemia, o que poderá vir a salvar a vida de quem não tem dador.
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Investigadores do Hospital del Mar Medical Research Institute (IMIM), em Barcelona, Espanha, deram um passo importante no sentido da futura produção em laboratório de células do sangue, utilizadas nos transplantes para tratamento de diversos tipos de leucemia, a partir de células estaminais. A descoberta agora efetuada poderá vir a salvar a vida dos doentes para os quais não sejam encontrados dadores compatíveis.
 
A equipa de especialistas, que trabalhou em conjunto com o Erasmus Medical Center Stem Cell de Roterdão, na Holanda, decifrou a função desempenhada por uma proteína – a beta-catenina – na produção de células sanguíneas, as chamadas células hematopoiéticas.
 
De acordo com Anna Bigas, que coordenou o estudo, e a sua equipa, os resultados obtidos abrem portas ao desenvolvimento destas células em laboratório o que, além de melhorar a qualidade dos procedimentos cirúrgicos, será uma enorme esperança para quem precisa de um transplante e não tem dador.
 
Durante o estudo, publicado no Journal of Experimental Medicine, o grupo analisou a cadeia de reações moleculares que acontecem no interior das células embrionárias e que têm uma interferência fundamental na criação das células hematopoiéticas. 
 
“O nosso trabalho contribui para decifrar o código que faz uma célula precursora, apenas encontrada no embrião, transformar-se numa célula estaminal hematopoiética”, explica Anna Bigas.
 
Para que este processo se desenrole, a proteína beta-catenina tem de ser ativada “durante determinado tempo e com uma dosagem específica”, acrescenta Bigas, adiantando que as novidades vão igualmente ajudar os investigadores “a entender a origem das várias formas da doença”.
 
Atualmente, a realização de transplantes em doentes que sofrem de leucemia depende da existência de um dador, registando-se uma elevada percentagem de casos em que este não é encontrado.
 
Segundo os investigadores, as conclusões deste estudo têm potencial para servir de base à criação, no futuro, de células hematopoiéticas por meio de células embrionárias compatíveis ou outro tipo de células próprias expressamente transformadas.

Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).

[Notícia sugerida por Raquel Baêta]

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