O Prémio Especial Economia do Mar traduz-se num conjunto de apoios não financeiros que visam ajudar “a abrir portas ao investimento”, diz Paulo Pedro ao jornal Público, referindo que o projeto depende de um investimento inicial de 1,5 milhões de euros para arrancar.
Uma vez que o esturjão cresce mais rapidamente em águas cuja temperatura varia entre os 24 e os 26 graus, a região do Algarve parece ser a ideal para instalar a unidade de aquacultura. Paulo e Valery associaram-se, por isso, a Jorge Raiado, um produtor de flor de sal de Castro Marim.
Recorrendo a quatro espécies diferentes do peixe – beluga (Huso huso), russo (Acipenser gueldenstaedtii), siberiano (Acipenser baerii) e starlet (Acipenser ruthenus) -, os promotores prevêem produzir 600 a 700 quilos de caviar por ano, a partir de 2015/2016. Neste momento, um quilo da iguaria vale entre 1500 a 5000 euros.
“Temos interesse, numa segunda fase, em produzir também esturjão atlântico (Acipenser sturio) e poder contribuir para o repovoamento desta espécie”, que se extinguiu em Portugal, diz Paulo Pedro ao Público.
O caviar produzido no Algarve destinar-se-á, sobretudo, à exportação, mas o produto vai também chegar à mesa dos bons restaurantes nacionais, afiança o mesmo responsável.
[Notícia sugerida pela utilizadora Alexandra Maciel]