por redação
Rodrigo Duarte, produtor de enchidos portugueses, venceu três prémios no evento Charcuterie Masters, em Nova Iorque.
O produtor da empresa “Caseiro e Bom” tem a sua empresa em Newark, no estado de Nova Jérsia. Nas categorias “presunto caseiro” e “presunto de cura longa” venceu os dois primeiros lugares e na categoria “melhor charcutaria” alcançou o segundo lugar.
Duarte disse à Lusa que “é muito importante para mim estar envolvido nestes eventos para mostrar a minha paixão ao público americano”.
Começou a trabalhar aos 12 anos num talho para ajudar a família e, aos 23, decidiu imigrar para os Estados Unidos da América. Abriu a “Caseiro e Bom”, recuperando receitas e um método de fabrico artesanal, depois de anos a trabalhar para uma empresa portuguesa em Newark.
“Para mim, é muito importante promover a nossa cultura e de onde viemos. A nossa charcutaria artesanal é um grande tesouro que temos de divulgar e proteger”, explicou o responsável.
O empresário, original de Cantanhede, é o único produtor norte-americano de presunto pata negra, animal que trouxe há sete anos através de inseminação artificial, um luxuoso produto que está a conquistar o mercado.
“A chegada do nosso porco alentejano, pela primeira vez na história, vai fazer que os nossos enchidos ainda sejam melhores. É o melhor porco do mundo para fazer charcutaria e excelentes presuntos”, explica.
A produzir mais de 150 produtos, como diversos tipos de alheiras, chouriços, torresmos e salpicão, a “Caseiro e Bom” tem cerca de 15 funcionários.
À semana consome-se 30 porcos e são produzidos 1.400 quilos de enchidos. No Natal o número é maior, 4.500 quilos. Cerca de sete mil presuntos foi o que Rodrigo Duarte vendeu no ano passado. 300 eram presuntos pata negra, que são vendidos a mais de dois mil euros cada um.
Os animais são criados segundo a técnica alentejana, ao ar livre e alimentados sem uso de ração, apenas bolota, castanha e verduras. Até agora a autorização para vender só é possível no estado de Nova Jérsia.