A câmara de Cascais anunciou, esta semana, que vai readquirir a posse do terreno e do edifício do Museu Casa das histórias Paula Rego garantindo o funcionamento de "uma das mais importantes marcas culturais do concelho".
A câmara de Cascais anunciou, esta semana, que vai readquirir a posse do terreno e do edifício do Museu Casa das histórias Paula Rego garantindo o funcionamento de “uma das mais importantes marcas culturais do concelho”. A nova fase deste projeto arranca em Abril com uma exposição que integra as obras de Paula Rego dedicadas à Opera.
Depois do governo ter retirado o apoio à Fundação Paula Rego, na sequência do censo realizado em 2012 às fundações portuguesas, a câmara de Cascais encetou diligências, junto da artista e da sua família, para manter a casa, que classifica como “uma das mais importantes marcas culturais do concelho e do país”, em funcionamento.
Assim, num acordo assinado este mês entre a autarquia e a família da artista, a Câmara Municipal assume a extinção da Fundação Paula Rego mas “readquire a propriedade plena e a posse do edifício onde está instalado” o Museu Casa das Histórias Paula Rego obrigando-se a mantê-lo em funcionamento “em condições semelhantes às dos grandes museus internacionais de arte moderna e contemporânea”.
Em comunicado, a autarquia sublinha que “o museu mantém o nome Paula Rego e albergará uma exposição permanente da artista, sem prejuízo de poder organizar outras exposições aprovadas por uma Comissão Paritária composta por um representante da CMC e um representante da pintora”.
Quanto às obras de Paula Rego, a pintora confirma a doação condicional das obras identificadas, em Contrato de Doação e Comodato, e ainda o comodato, por um período de dez anos, das obras identificadas nos termos do contrato inicial. Além disso, serão mantidas no museu todas as obras do falecido marido da artista, Victor Willing.
Para assinalar esta nova fase da vida do Museu Casa das Histórias Paula Rego, será realizada, em Abril, uma exposição com as obras da artista dedicadas à ópera que serão utilizadas numa grande exposição às quais se juntarão outras obras, provenientes de coleções particulares.
Entretanto, na sequência da extinção da fundação, a até agora diretora, Helena de Freitas, pediu a demissão do cargo. “Não tenho condições para prosseguir o projeto. A equipa não é a mesma, foi muito reduzida, e o acervo será diferente. Será um outro projeto, e não faz sentido eu continuar”, declarou a curadora, que irá regressar à Fundação Calouste Gulbenkian, à Agência Lusa.
[Notícia sugerida por Ricardo Cabrita]