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Um grupo de especialistas da Universidade de São Paulo, em parceria com a Universidade de Córdoba, em Espanha, e a Universidade britânica de York, está a testar um método capaz de produzir biocombustível a partir de cascas de laranja, que poderá vir a ser mais um passo importante no caminho das energias limpas.
A notícia é avançada pelo portal brasileiro Planeta Sustentável, que explica em que consiste o processo: os restos da produção industrial de sumo de laranja, que correspondem anualmente a toneladas de cascas de fruta, são triturados e colocados numa máquina especial. No interior dessa máquina, capaz de processar cerca de seis toneladas de resíduos por hora, as cascas são expostas a altas potências de microondas, que ativam a celulose que contêm.
Posteriormente, a substância é isolada e usada no fabrico de biocombustível que poderá ter várias finalidades, entre elas o abastecimento de automóveis. Além disso, uma vez que a celulose é um elemento central do processo, a técnica poderá funcionar com qualquer produto que contenha a substância, como o papel.
Segundo o Planeta Sustentável, os cientistas acreditam que, futuramente, a tecnologia poderá mesmo ganhar uma aplicação doméstica, podendo ser utilizada por cada um em sua casa. Porém, essa é uma perspetiva longínqua, uma vez que a máquina que desenvolveram custa, por agora, cerca de um milhão de euros.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]